25.2.14

#Rabiscos: No final, não somos a mesma coisa?


Me perguntaram por que eu sou diferente?
Eu sou diferente? Porque eu sou a diferente? 
Porque você com esse estilo moldado pela sociedade é a certa? Porque eu com a minha calça de brechó e meus sapatos sem marcas sou a diferente?
Porque eu tenho que escrever nas suas linhas retas se as minhas tortas são bem mais divertidas?
Porque eu tenho que passar horas me maquiando seu eu posso ler um livro?
Você é tão normal pra essa comunidade como eu sou pra minha.
Você é tão compreendida pelos seus amigos como eu sou pelos meus.
Porque eu não posso ter uma opinião diferente e discordar de você?
Porque eu não posso preferir um amor de anos a um de horas?
Porque o que eu acho de vida social é engraçado pra você?
Porque você acredita que é maior que eu por ter mais amigos?
Você já contou quantos estão do seu lado? Você já contou quantas vezes foi deixada sozinha?
Garanto que foram mais vezes do que eu.
Os meus ideais são diferentes, minhas ideias são bagunçadas do meu jeito, eu sou confusa, vejo coisas aonde não tem e não vejo aonde tem demais, mas não sou diferente de você.
Ambas choramos, ambas queremos conforto nas horas ruins, ambas temos vergonha de algo, ambas desconfiamos de pessoas e amamos outras, ambas rimos de coisas idiotas e choramos por coisas mais idiotas ainda, ambas somos orgulhosas e não abaixamos o nariz.
Então porque você se acha tão diferente?
Queria muito saber quando o exterior esmagou o interior.
                                           

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Gabriela é paulistana, tem 17 anos e é uma libriana ao pé da letra. É viciada em tecnologia - está sempre conectada- e sonha em trabalhar com jornalismo de moda. É extremamente curiosa, gosta sempre de descobrir coisas novas. É uma blogueira de primeira viagem. "Tenho em mim todos os sonhos do mundo".

 
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